terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Motor Elétrico


Motor elétrico é a máquina capaz de transformar a energia elétrica em mecânica, usando, em geral, o principio de reação entre dois campos magnéticos.
O motor de indução é o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilização de energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e simplicidade de comando - com sua construção simples, custo reduzido, grande versatilidade de adaptação as cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.

Classificação dos motores

Conforme a natureza da corrente que os alimenta, os motores elétricos podem ser classificados como:

Motores de Corrente Contínua (CC)

São motores de custo mais elevado e, alem disso, precisam de uma fonte de corrente continua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em continua. Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso e restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação.

Que de acordo com o campo podem ser:

Motores Shunt (paralelo) – são empregados quando as características de partida (torque e tempo de aceleração) não são muito severas. A velocidade de operação é aproximadamente constante. São usados no acionamento de turbo-bombas, ventiladores, esteiras transportadores, etc.
Motores Série – neles a velocidade varia com a carga, e o conjugado se partida (torque) é muito grande. São empregados em tração elétrica, em guindastes, pontes rolantes, compressores, etc.
Motores Compound (composto) – reúnem as características dos dois tipos anteriores, corrente de partida elevada e velocidade de operação aproximadamente constante. São usados em calandras, bombas alternativas, etc.

Motores de Corrente Alternada (CA)

São os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica e feita normalmente em corrente alternada, que de acordo com a rotação, podem ser:
Motores Síncronos – Funciona com velocidade fixa; utilizado somente para grandes potencias (devido ao seu alto custo em tamanhos menores) ou quando se necessita de velocidade invariável.. São usados em compressores de grande potência, turbo-bombas. Grupos motor-gerador, ventiladores de grande capacidade.
Motores Assíncronos (de indução) – Funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, e o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de maquinas acionadas, encontradas na pratica.
Atualmente e possível controlarmos a velocidade dos motores de indução com o auxilio de inversores de freqüência.São usados em guinchos, elevadores, viradeiras de chapas, bombas centrifugas, etc.
Motores Diassíncronos – giram ora abaixo, ora acima do sincronismo. Também chamados universais, funcionam com corrente contínua ou alternada e encontram a sua melhor aplicação nos aparelhos eletrodomésticos, como por exemplo, enceradeiras, secadores de cabelo, etc.

Motor Indução Trifásico (MIT)

Um motor de indução é composto basicamente de duas partes:
- Estator
- Rotor.
O estator constitui a parte estática de um motor e o rotor sua parte móvel.
O estator é composto de chapas finas de aço magnético tratadas termicamente para reduzir ao mínimo as perdas por correntes parasitas e histerese. Estas chapas têm o formato de um anel com ranhuras internas (vista frontal) de tal maneira que possam ser alojados enrolamentos que deverão criar um campo magnético no estator.
O rotor, composto de chapas finas de aço magnético tratadas termicamente como o estator, tem também o formato de um anel (vista frontal), com os enrolamentos alojados longitudinalmente.
O motor de indução é o motor de construção mais simples. Estator e rotor são montados solitários, com um eixo comum aos “anéis” que os compõem. A aplicação de uma tensão nos enrolamentos do estator irá fazer com que apareça uma tensão nos enrolamentos do rotor. Assim o estator pode ser considerado como o primário de um transformador e o rotor como seu secundário. O espaço entre o estator e o rotor é denominado entreferro.
No rotor os enrolamentos, enrolados longitudinalmente a seu eixo, podem ser realizados de duas maneiras, o que dá origem a dois tipos de rotor:
§ Rotor Gaiola de Esquilo: tipo mais comum tem no rotor os condutores da bobinas curtocircuitados em cada terminal por anéis terminais contínuos
§ Rotor Bobinado: neste tipo de rotor, condutores de cobre que formam uma bobina são colocados em diversas ranhuras (usualmente isolados do núcleo) e podem, no caso de existirem três bobinas, ser ligados em estrela ou triângulo. Neste caso, cada terminal do enrolamento trifásico é ligado a anéis coletores que são isolados do eixo do rotor.
Usualmente um resistor trifásico equilibrado variável é ligado aos anéis coletores  através de escovas a fim de variar a corrente na partida.

Rotor Gaiola                                         Rotor Bobinado


Desenho explodido




1 – Parafuso de aço cab. Sextavada



2 – Arruela de pressão


3 – Tampa dianteira

4 – Rolamento dianteiro



5 – Parafuso cab. cil. c/ fenda

6 – Tampa da caixa de ligação

7 – Caixa de ligação

8 – Arruela de latão

9 – Olhal de suspensão


10 – Carcaça

11 – Estator bobinado

12 – Chaveta


13 – Rotor Completo

14 – Pino elástico

15 – Rolamento traseiro

16 – Arruela  ondulada




17 – Tampa traseira



18 – Ventilador




19 – Tampa defletora



20 – Retentor tipo BR



21 – Espuma auto extinguível



22 – Vedação da caixa de ligação


23 – Vedação da tampa da caixa de ligação





Definições das partes mais Importantes do Motor:


Carcaça (10) - é a estrutura suporte do Motor; de construção robusta em ferro fundido, aço ou alumínio injetado, resistente à corrosão e com aletas.

Olhal de suspensão (9) – Parafuso com uma argola, fixado na carcaça, para o transporte do motor

Estator bobinado (11) – Que pode ser sub-dividido em:
Enrolamento trifásico - três conjuntos iguais de bobinas, uma para cada fase, formando um sistema trifásico ligado à rede trifásica de alimentação.
Núcleo de chapas - as chapas são de aço magnético, tratadas termicamente para reduzir ao mínimo as perdas no ferro, e envolvidas pelas bobinas.
Rotor Completo (13) - Que pode ser sub-dividido em:
Eixo - transmite a potencia mecânica desenvolvida pelo motor. E tratado termicamente para evitar problemas como empenamento e fadiga.
Núcleo de chapas - as chapas possuem as mesmas características das chapas do estator.
Barras e anéis de curto-circuito - são de alumínio injetado sob pressão numa única peça.

Chaveta (12) – Trava colocada em uma fenda na ponta dianteira do eixo do rotor para a fixação de uma polia ou qualquer outro acessório.

Pino elástico (14) – fixado em um orificio na ponta traseira do eixo do rotor, para o travamento do Ventilador.

Tampas dianteira e traseira (3 e 17) – encontra-se nas extremidades da carcaça. Responsável pela proteção e sustentação do Rotor.

Rolamentos (4 e 15)– são componentes mecânicos criados para diminuir o atrito nos eixos rotativos que transmitem movimento.
Os rolamentos se dividem em duas categorias conforme a finalidade a que se destinam:
Os rolamentos radiais que podem ser de esferas ou de roletes servem para suportar eixos rotativos, solicitados exclusivamente para forças radiais, como por exemplo, a força exercida por uma polia em uma máquina girante.
Os rolamentos axiais ou de encosto servem para suportar solicitações axiais a que os eixos rotativos estão sujeitos.

Arruela ondulada (16) – Esta junto ao rolamento, e serve de ajuste na dilatação do eixo.
Retentor tipo BR (20) – Proteção e acesso para lubrificação dos rolamentos.
Caixa de Ligação (7) – onde se encontra as conexões para as bobinas.
Espuma auto extiguível (21) – Material isolante encontrado entre o estator e caixa de ligação.
Ventilador (18) - Sistema de Refrigeração do motor, aclopado ao rotor.
Tampa Defletora (19) – Uma proteção auxiliar externa para o ventilador



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